quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

De como eu ainda sou

Tenho saudades de quando você não tinha vergonha em público
De quando você dançava a dança da minhoca sem se importar
De quando me beijava e me abraçava sem parecer ter medo de que alguém te visse
Saudades de quando você ria da minha cara de tonta e das besteiras que eu dizia
De quando você se animava para fazer qualquer coisa
Mesmo que a gente chegasse em casa quando já era dia
Tenho saudades de te apertar sem que você me afastasse dizendo que está com calor
De quando eu te fazia um carinho e você retribuía
De quando você me achava engraçada bêbada
Mesmo que isso tenha sido só na primeira vez
Tenho saudades de quando você não ligava para os meus esquecimentos
Nem para o meu jeito relapso de ser
Saudades do jeito que você me olhava e dava risada do que eu falava
De como você era
E de como você costumava gostar do jeito que eu ainda sou

2 comentários:

Esses Olhos disse...

Sencacional!!

Eu to tentando escrever uma parada dessa a tempos!

Parabens!

Tamiris disse...

Estou comletamente sem palavras...
Lindo. Arrepiei ao ler...

é impressionante como as coisas e as pessoas são obrigadas a se modificar...

Adorei o texto, e me enquadrei em cada linha...

bjos