quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

If not now, then when?

Preciso parar de ter auto piedade e de achar que o erro nunca é meu.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

E só hoje eu me dei conta de que realmente acabou.

Quatro anos que passaram num piscar de olhos.

E nesse meio segundo de um piscar, eu consigo lembrar dos melhores anos da minha vida.
Dos melhores amigos que eu fiz. Das melhores viagens. Das melhores risadas. Dos choros. De quando era era uma menina. Das festas. Das ressacas. Das bebedeiras. Dos copos de cerveja na esquina do bar. Da reunião de amigas no banheiro para retocar a maquiagem...

De ir para lá de havaianas e shortinhos. De ir de salto e roupa social. De não ir. De dar risada no metrô, e fofocar dentro do carro indo para o trabalho.

Dos amigos que eu não fiz. Daquela gente com quem não conversei. Das coisas que eu não disse. Das que eu disse também. Dos abraços. Das pistas. Da corrida (o melhor de tudo). That's the way I like it. Do pessoal que eu conheci. Das medalhas que ganhei. Das que eu não ganhei. I believe I can fly.

Do bode que eu já tive dos amigos. Da vontade de trazê-los todos para casa. Das conversas no bosque. Das filosofias. Das voltas. De comer pipoca doce antes do treino. Da academia. Das tardes de sol maravilhosas. Do terceiro andar.

De ir para o Chamberlain só para ter uma desculpa para andar por entre os outros prédios. Das cervejadas. Dos churrascos que nunca tivemos. Dos meus aniversários de 19, 20, 21 e 22.
E eu poderia ficar mais quatro anos me lembrando das alegrias e tristezas de tudo o que passou. Mas eu prefiro me reunir com as melhores pessoas que eu consegui trazer para a minha vida nesse tempo e relembrar tudo daqui um tempo...Ou não.

[lagriminhas nos olhos] [Mackenzie minha vida] [Mackenzie minha história][Mackenzie meu amor]

PS: A crise continua!

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

De como eu ainda sou

Tenho saudades de quando você não tinha vergonha em público
De quando você dançava a dança da minhoca sem se importar
De quando me beijava e me abraçava sem parecer ter medo de que alguém te visse
Saudades de quando você ria da minha cara de tonta e das besteiras que eu dizia
De quando você se animava para fazer qualquer coisa
Mesmo que a gente chegasse em casa quando já era dia
Tenho saudades de te apertar sem que você me afastasse dizendo que está com calor
De quando eu te fazia um carinho e você retribuía
De quando você me achava engraçada bêbada
Mesmo que isso tenha sido só na primeira vez
Tenho saudades de quando você não ligava para os meus esquecimentos
Nem para o meu jeito relapso de ser
Saudades do jeito que você me olhava e dava risada do que eu falava
De como você era
E de como você costumava gostar do jeito que eu ainda sou

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Alegria, alegria

A alegria pode ser traduzida em um sorriso
em um abraço
Pode vir como um furacão e explodir em um grito
ou em lágrimas
Vem das coisas grandes
e especialmente das pequenas
E não tem hora para chegar
nem para ir

E o melhor de tudo: não fica para sempre.
Porque ser alegre o tempo acaba com o encanto
Acaba com a simplicidade que o sentimento é

Acaba sendo tristeza

sábado, 10 de outubro de 2009

A saudade não doi

Acho que fiquei tanto tempo longe, que me acostumei com a ausência
E quando sinto saudades, isso soa como um sentimento comum
Já não doi, faz parte de mim

E mesmo quando eu teimo em acreditar que doi,
percebo a mentira que estou me contando
E isso sim machuca.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Mania de você. De mim.

E essa sua mania e me surpreender quando eu menos espero?
E essa sua mania de me decepcionar quando eu estou esperando que você me dê o mundo inteiro?
Talvez a mania seja minha mesmo de te querer tão perto e tão longe. De querer que você leia os meus pensamentos e decifre cada pedacinho de mim.
Mas talvez, mais que tudo isso, a minha mania é sempre querer gostar de você sem precisar esperar nada em troca.

domingo, 13 de setembro de 2009

Só para sentir o gosto

Às vezes tenho a impressão de ser uma ciumenta sem causa.
Só para sentir o gosto de um amor de verdade. Só para imaginar uma vida com alguém ao meu lado.
Até sentir o desconforto alheio, corar o rosto e fazer uma piadinha de mim mesma para disfarçar o ciúme.

Só para disfarçar para mim mesma a mentira que eu teimo em acreditar.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

querosene

sua boca tem tantas palavras que você não tem medo de usar
seu coração sempre em chamas, arde, até mesmo quando é em vão
quando te vi acender um cigarro esta noite, fiquei com medo da combinação entre a chama do isqueiro e a quantidade exorbitante de álcool no seu sangue
eu sempre vou longe demais, mas ainda assim, admiro à distância sua capacidade de ir mais longe
você me ensinou a não se importar com opiniões de pessoas que não importam para você
quando estou do seu lado sinto o calor do fogo queimar minha pele
e me coloco confortavelmente a seu lado quando sinto frio
senti as chamas nos seus olhos quando me disse que estava linda de vermelho
tudo em você é vermelho, e só me achou linda porque reconheceu em mim suas cores
cuidado com o álccol, você que é de fogo, para não explodir - e digo isso com o cuidado de alguém que também arde em brasas e se aproxima mais do que deveria

From: www.invsoesgermanicas.blogspot.com

Muito obrigada Sarita. Vc consguiu ler a minha essência e transformá-las em lindas palavras. Vc estava mesmo linda de vermelho.

sábado, 29 de agosto de 2009

Pai,

se você soubesse o quanto eu já sofri com a sua falta de sensibilidade.
De todas as vezes que eu chorei por ouvir um “não”em alto em bom som para as simples coisas que eu pedia.
Ou ainda por todos os anos que você esqueceu do meu aniversário. E só veio me dar parabéns depois que a mamãe te falava.
Ou ainda daquela vez que eu não pude subir no teleférico e você ficou comigo reclamando o tempo todo porque nem queria estar no parque.
E também de quando você não foi na minha formatura do terceiro colegial.
E de hoje. Que você me disse um não e esqueceu do meu presente de aniversário que eu tenho pedido há tempos.
Não me importo tanto pelo presente... Mas é sempre muito difícil aceitar os seus “não” quase monossilábicos e sem explicação.
É difícil entender por que comigo é sempre tão complicado.

Obrigada pelas lágrimas de hoje. De sempre.

sábado, 22 de agosto de 2009

Sabe como eu me sinto à vezes?

Como essas menininhas que ainda usam Maria chiquinhas nos cabelos, que abrem o armário da mãe como se fosse um santuário, vestem as suas pérolas, passam batom no rosto todo, colocam os sapatos de salto alto e saem pela casa com a maior cara de mulherão.

Mas na verdade, são apenas meninas.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Não suma mais

Aconteceu tanta coisa na minha vida que eu nem pude perceber a sua ausência. E olha que isso não seria fácil num estado normal de vida. Não seria fácil não falar sobre coisas mundanas, sobre o tempo e sobre nós. Mas a vida é como é. A dor maior sobrepôs a menor. E sabe? Ainda bem que a sua ausência foi a dor menor.
E não suportaria tamanha dor novamente.

Não suma mais.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Qual é o som que os sonhos fazem ao morrer?

Poderia ser um grito de dor
ou de alegria
Poderia ser um simples adeus
ou uma despedida eterna...
Os meus sonhos não morrem.
Eles não não gritam, não choram, não cantam e nem dizem adeus.
São realizados. Serão realizados!

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Que saudades do verão...

De acordar com os raios de sol invadindo as frestas da janela
De sentir o frescor da brisa na praia
De tocar as migalhas de areia
De ouvir o vai-vem do mar e das folhas do coqueiro
De deitar na rede e jogar conversa fora

Saudades das mechas claras no cabelo
Dos olhos cor de mel.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Sabe o quê?

ENGRAÇADO COMO A GENTE AMADURECE EM TÃO POUCO TEMPO.
EM CIRCUNSTÂNCIAS TÃO BANAIS,
EM SITUAÇÕES QUE, NEM DE LONGE, IMAGINAMOS QUE VÁ DESPERTAR O OLHAR MADURO DENTRO DE VOCÊ

EU TROQUEI O CHORO POR AGRADECIMENTOS
TROQUEI A TRISTEZA PELO PENSAMENTO RÁPIDO EM BUSCA DE UMA SOLUÇÃO
A AUTO PIEDADE PELA CORAGEM DE SEGUIR EM FRENTE.

E SABE O QUE MAIS?
NADA ACONTECE POR ACASO.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Assim...

E se eu não tivesse atendido o telefone?
Nem na primeira vez, nem na última
Estaria arrependida de não ter vivido um amor para a vida?
Sairia ilesa de um amor maltrapilhos, um amor de mentira?

***

Mas foi assim.
Começou com um telefonema atendido.
Um coração partido.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Lágrimas da saudade

Hoje eu vi uma pessoa chorando de saudades.
Era um choro cheio de
dor e cheio de alegria.
Eram
lágrimas se que misturaram ao sorriso dos lábios.
Era a dor da falta que
alguém fazia.
Era a alegria de saber da
felicidade que viveu um dia.

domingo, 12 de julho de 2009

Ele passa...

O TEMPO PASSA. MESMO QUANDO ISSO PARECE IMPOSSÍVEL. MESMO QUANDO CADA BATIDA DO PONTEIRO DOS SEGUNDOS DÓI COMO O SANGUE PULSANDO SOB UM HEMATOMA. PASSA DE MODO INCONSTANTE, COM GUINADAS ESTRANHAS E CALMARIAS ARRASTADAS, MAS PASSA.

ATÉ PRA MIM.
new moon.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Paixonite

Pela primeira vez eu conheci alguém apaixonante de verdade e não me apaixonei.

Assim é mais fácil viver.
Assim é mais fácil não encontrar os defeitos que aparecem depois que o sentimento acaba.
Assim é mais fácil seguir depois que tudo acaba.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Para ser feliz

Tem dias que a gente não deveria abrir os olhos de um sono profundo. Nesses dias de chuva, que o dia não está nem aí para você, nem para o seu guarda-chuva pequeno.
Nem para a gripe que acaba de te pegar.

Tem dias que mesmo com tudo dando errado, nada é capaz de te irritar. Nem mesmo as meias molhadas nos pés frios durante o dia todo.
Nada vai afastar de você o bem estar e a sensação de que, enfim, tudo está bem, simplesmente por não ter motivos para estar ruim.

Nesses dias de chuva, em que a gripe te pega, as meias ficam molhadas e todo o resto dá errado, você olha ao redor e vê que não há motivos para não ser feliz.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Bolha, bola, bolhão

Às vezes eu queria viver em uma bolha, onde eu não pudesse incomodar ninguém e ninguém pudesse fazer mal a mim.
Olhar tudo lá de cima, enquanto navegava pelos ares, sem precisar mostrar para o mundo que eu existia.
Observar tudo de longe apreciar cada detalhe de um sorriso, de um olhar e de um abraço. Tudo isso sem precisar tocar nos acontecimentos e fazer perder o encanto do silêncio da minha bolha.

terça-feira, 9 de junho de 2009

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Pensa cinza, colorido


O raio de luz que entrava na janela e iluminava
os olhos claros ainda iluminam em sua memória.
O contorno na boca não perde a cor no mais cinza dos pensamentos.
Eles vão e vêm, com cor e sem cor.
E, cada vez que vêm, cheios de cor, o coração palpita, bate mais forte, a lembrança invade seus pensamentos...
Os olhos se enchem de lágrimas. Enxuga. Procura
uma imagem qualquer que a vista alcance. Trata de esquecer os raios de luz, o contorno e a lágrima que não deixou cair (mais).

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Alegria em câmera lenta

As serpentinas e purpurinas subiam das mãos de alguém. Cintilavam no ar e todos os outros movimentos se viam em câmera lenta.

Os sorrisos, as lágrimas, a felicidade alheia. Os abraços de despedida, a música que cantavam ao som da bateria.

Tudo passava aos olhos, que acompanhavam os mínimos detalhes dos movimentos.
Observava de longe essa juventude que lhe escapava aos poucos.
Deveria estar ali. Fazer parte daquele momento, daquela lembrança.

Mas, o caminho que escolheu a fez olhar de fora.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Voltei pela metade

Eu já voltei a fazer dancinhas ridículas novamente. Sem me importar com quem está ao meu redor. Me olhando e me julgando.

Eu já voltei a sorrir um sorriso exagerado. Sem me importar com a careta que eu estou fazendo.

Eu já voltei a gargalhar alto nos lugares. Sem me importar com a minha própria inconveniência.

Eu só não voltei a sentir do jeito que eu sentia antes. Agora eu sinto medo. Agora, eu sinto com medo.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

O terno

E aquele terno que nunca havia visto,
pareceu tão sóbrio a seus olhos.
Pareceu tão sério,
assim como o sorriso que lhe sorriu.
Não parecia ter a felicidade nos lábios.
Os olhos fundos quase não olharam.
Perderam a atenção
que antes podiam ser sentidas só no olhar.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Uma borboleta vive apenas duas semanas

Percebe como esse tempo passou tão rápido?
Trezentos e sessenta e cinco dias. Quase 9 mil horas.
Horas em que eu ri, horas em que eu me apaixonei. Horas em que chorei e horas que a dor passou.
Não quero pensar em como seria. Não é. Não é mais há um bom tempo. O que é, é o que eu sou agora, o que eu sempre fui. Sem a sua presença.
Não vou chorar por ter errado ou por ter acertado. Por ter sido boa ou ruim demais.
Há um ano eu comecei a aprender uma grande lição. E ela ainda não terminou.


Essa lição poderia durar menos. O tempo de uma borboleta.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Eu vi a luz. Ela, flores

Ela já esteve a um passo do fundo do poço. Se é que não tocou o fundo. E estava escalando as pedras para alcançar a luz de volta.
Como a escuridão doía nela. Doía em seu rosto, naquele sorriso infantil, naquele tamanho todo.
Essa dor bateu em mim, pois eu sabia a dor que ela sentiu. Conhecida antiga. Eu escalei as paredes que ela tentava subir.
Mesmo que ela achasse que aquele poço era o mais comprido do mundo, que a água batia em sua canela e que continuava a cair do céu, sem parar de molhar, eu sabia que pararia de chover.
Mesmo que ela pensasse o pior, e eu o melhor, eu rezei por ela. Eu tive medo de não saber que a chuva iria parar. Pedi que a luz no fim daquele túnel aumentasse tão rápido, que ofuscasse a visão dela. E que quando ela voltasse a enxergar, veria um campo cheio de flores.

E, antes que eu mesma pudesse terminar o meu pedido, senti o cheiro das flores nela.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Sinestesia

Sempre que ouço essa palavra, penso no vai e vem do mar. É. Assim, sem explicação.
Talvez faça sentido por pensar naquele vai e vem de sensações, de sentidos e percepções.


Misturadas, juntas, atrapalhadas.

Às vezes, a felicidade é tão grande, tão grande, que as lágrimas correm pelo rosto. A decepção é tão profunda, que o riso inexplicável escapa pela boca. O desespero é tão intenso que a gargalhada e as lágrimas explodem ao mesmo tempo.

Assim como a ansiedade, a alegria, a angústia, a impaciência, as dúvidas, a euforia e todos aquelas sensações que me invadem, num vai e vem, sempre que penso em cada dia que se acaba e me deixa mais perto de realizar um sonho, um reencontro e um final feliz.

Pelo menos até o próximo mar de sentimentos.

domingo, 3 de maio de 2009

Brilhos na minha alma

Hoje não faz sol lá fora. O sol está dentro de mim.
Hoje o dia está
nublado, mas dentro de mim os raios fazem brilhar cada pedacinho da minha
alma.

terça-feira, 28 de abril de 2009

Dinheiro não compra felicidade, mas lágrimas

Eu tinha uns 5 ou 6 anos quando fui até a farmácia com a minha mãe e encontrei uma senhorinha com cabelos de algodão.
Ela estava comprando um remédio pra chorar. É.
As lágrimas dela tinham se acabado e ela não chorava mais.

Será que a dor dela era maior ou menor porque ela não conseguia chorar?
Será que, por não conseguir chorar, ela não sentia mais dor?

Ela estava comprando as lágrimas. Talvez pra fazer a dor diminuir. É nisso que eu acredito.
As lágrimas fazem a dor diminuir.

domingo, 26 de abril de 2009

Limites

Aprendi que ocupar a cabeça com o máximo de coisas é o máximo. Mesmo que isso me deixe com a maior dor de cabeça no final do dia.

Aprendi que esgotar o corpo é incrível. Mesmo que isso me deixe cheia de dores e não consiga andar direito no dia seguinte.

Aprendi que fazer um esforcinho para encontrar aquelas pessoas queridas que não via há tempos é maravilhoso. Mesmo que elas perguntem por pessoas que já não estão mais do meu lado.

Aprendi que treinar para aquilo que se quer vencer é recompensador. Mesmo que eu já soubesse disso há muito tempo.

A melhor forma de não deixar a tristeza bater na minha porta e entrar, é aprender um pouquinho a cada dia. E tirar as melhores lições de tudo isso para ser mais forte.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Espuma de segredos

Sei que ultimamente não tenho sido uma boa companhia nas longas noites.
Antes eu sonhava coisas boas, agradecia cada momento bom do dia e pedia para que tudo continuasse do mesmo jeito, maravilhoso.
Você ouviu minhas confissões e carrega meus segredos mais profundos. Sabe os meus pensamentos e tudo aquilo que está dentro de mim.
Ultimamente você só tem recebido lágrimas, mas espero que aquela época boa em que eu acordava na madrugada com a minha própria risada volte logo.

E ela vai voltar.

Desculpe, travesseirinho. Mas, eu vou voltar a acordar rindo.

sábado, 18 de abril de 2009

Responsabilidade


Não coloque tanta responsabilidade nas minhas mãos. Eu posso não ser o que pareço. Eu posso não ser quem você procura.


Não colocarei tanta responsabilidade nas suas mãos. Você pode não ser quem parece. Eu não aguentaria abrir meus olhos e não saber quem é (mais uma vez).

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Sobre estrelas cadentes

Eu ja vi estrelas cadentes. Duas vezes.
Elas passaram tão rápido que eu achei que era mentira, que tinha sido coisa da minha cabeça.
Mas, eram verdade.
A primeira passou em uma madrugada de frio, enquanto estava com uns amigos na beira da piscina, quase dormindo.
A segunda, foi quando eu estava atravessando um rio de barco, também de madrugada, nas férias de verão no nordeste.
Se eu fiz dois pedidos?
Claro.
Contaria se eu lembrasse, mas, não... Não me lembro. Não deve ter sido nada para a vida toda. Bem algo de momento.
Poderia ver a minha terceira estrela cadente agora.
Saberia exatamente o que pedir e seria para sempre.
Mas, não posso contar senão não se realiza!

domingo, 12 de abril de 2009

Viva até morrer

Esquece que a vida é feita de sofrimentos e tenta mais uma vez um quinhão de felicidade passageira.

Perdoa, morena, todos os erros que você cometeu para si mesma, pois todos os outros não importam.

Se permita errar mais o dobro do que tem errado. Se jogue, sem esperança de voar, se jogue com a certeza do chão mas aproveite a brisa da queda antes do impacto inevitável.

Aceite que sua perna estará sempre manca no caminho, seja por pedras no sapato ou por cansaço da noite anterior.

Se magoe com cada tipo de magoa resultante de sentimentos instintivos, se permita ser magoada por qualquer um, e magoe também se necessário.

Experimente tudo, e as dores de tudo, por que há muito mais sensações no sangue do que no sonho.

Viva até morrer.

From: Do meu quarto de um dos milhões do mundo que ninguém sabe quem é

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Não é um sonho mau

Eu te amo porque você ama e sofre por amar.
Seja quem for o sujeito do amor
eu sei o que você sente.

O amor preenche cada pequeno espaço,
acalenta e pacifica

Meu amor não pode ser um sonho mau.




Da belíssima campanha da FH por Fause Haten (Revista Elle de abril)

terça-feira, 7 de abril de 2009

Me dá sua mão?

A incerteza do futuro me consome
E a ansiedade pelo que vem depois enterra a vontade de voltar no
tempo

domingo, 5 de abril de 2009

Abismo

Já se sentiu assim? A um passo de cometer um ato de total descontrole e simplesmente não conseguir?
Estar a um centímetro da outra boca e não beijar.
Estar de frente para o outro e não abraçar.
Só vocês dois e não conseguir falar o que sente.
Olhar no olho e não conseguir alcançar o íntimo.
É quase um abismo que se coloca nesse centímetro, nesse pequeníssimo espaço. E você, inexplicavelmente, não consegue dar um único passo.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Para R.C.

O pior de tudo é a sensação de impotência. Mesmo sabendo que tudo aquilo que seria possível já foi feito, e não depende mais de você.

E se pergunta: Por que eu? Por que comigo?

Seria tão simples se as respostas viessem imediatamente, né? Mas, elas não vêm. Isso sim é a vida. Isso sim é viver.

Qual lição você tiraria de cada sofrimento, de cada lágrima derramada se as respostas já estivessem prontas pra você? O que você diria sobre ter lembranças e sentir saudades? Isso é viver.

A vida não é feita só de momentos bons. E por isso eles são tão raros. Porque valem muito. Nem sempre todo o seu esforço é suficiente. Mas, você tentou.
E a lição está aí. É difícil aceitar que a vida tira o controle das nossas mãos. Aprenda essa e me ensine também.

Você fará parte dos bons momentos e das lembranças boas de alguém. Não importa de quem seja.

domingo, 29 de março de 2009

O príncipe se foi

Na última vez em que se viram, ela não se incomodou com a roupa que ele estava usando. Ela nem sequer olhou o que ele estava vestindo.
Ela não fixou o olhar nos olhos coloridos dele. Ela nem percebeu que ainda havia diferença entre eles.
Não prestou atenção na marca de expressão do rosto dele. Ela não reparou como essa marca o deixa com cara de mais velho.
Não se encantou com todas as cores da barba dele. Ela não percebeu se ele estava de barba ou não.
Também não observou o desenho das sombrancelhas dele, nem se lembrou de como gostava de olhar o perfil dele, com o nariz bem retinho.
Não achou graça no jeito engraçado que ele tem de andar, nem nas histórias milaborantes que ele contou.
Nem sem importou que ele estivesse com sono enquanto ela contava alguma coisa. Nem com o cheiro da cerveja que ele tinha tomado antes de se encontrarem.

E aconteceu o que ela finalmente esperava. Não sentiu falta de tudo aquilo que se foi montado no cavalo branco.

sábado, 28 de março de 2009

Plenitude

Deve ser normal ter medo de viver de verdade. Viver de forma intensa, sentir de forma intensa.
Mas não acho certo viver pela metade. Obviamente, sendo assim, há o poupamento de um milhão de coisas ruins, de experiências ruins, de sofrimento.
Que bom seria se fossem só as coisas ruins. Mas não. Viver pela metade significa deixar as chances de ser feliz correrem para o ralo.

Viva plenamente.

quinta-feira, 26 de março de 2009

There are times

to hold open a door,
to surrender your seat.
to thank someone, in writing.
to let bygones be gone
to remember your parents.
to listen with care.
to surprise with a gift.
to mind your tabble manners.
to honor tradition.
to give voice to your heart.

from: all stripes

quarta-feira, 25 de março de 2009

ânsia

Ela acordou num pulo, depois de uma noite difícil, onde os pensamentos não paravam de atormentar sua cabeça. O que falaria? O que contaria? Tinha novas histórias (engraçadas, de preferência) para contar?

Começou a se lembrar dos fatos que tenha vivido nos últimos dias. Pensou em alguns enfeites para deixá-los mais interessantes. Passou o dia elaborando tudo isso enquanto treinava caras e bocas no espelho, penteava o cabelo e fazia a maquiagem.

Mas, a roupa que estava estendida em sua cama foi atirada no chão assim que o relógio marcou 23 horas. Os assuntos se tornaram ridículos, a maquiagem se borrou com as lágrimas e a roupa de cama foi a única que a abraçou.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Ladrão de sentimentos

Ele era uma pessoa insensível.
A insensibilidade dele era capaz de destruir o mundo de alguém.
E ela, toda fragilizada, sempre, foi a escolhida da vez.
Entregou todo o sentimento, toda a sua verdade para ele.
E ele era tão, mas tão sem sentimentos, que não mediu esforços para sugar toda a alegria e felicidade dela e jogar fora.
E ele conseguiu. E seguiu intocável.
Quando ela estava quase bem, quase deixando tudo isso passar, ele veio de novo.
Roubou a esperança dela, jogou no lixo e se foi novamente.

domingo, 22 de março de 2009

Paciência é uma falácia

Paciência é uma virtude.
Adriana não tem paciência.
Portanto, Adriana é desvirtuada.


Em Filosofia isso se chama falácia. No incrível mundo de Adriana, verdade.
Admiro o ato nobre de quem consegue ser paciente. Como é difícil! Isso envolve muito mais que calma, auto controle e razão.
Envolve o meu sono, a minha concentração e o meu relógio. Cada segundo parece uma eternidade. Mas uma hora, aquilo pelo que tanto se espera, se alcança.

Ou não.

O pior de tudo é perder o sono, a calma, a razão e todo o resto... E mesmo assim ter que esperar para nada acontecer.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Hoje, não!

Por esse dia está tão irritante?

Por que algumas palavras tiveram o dom de me irritar?
Por que aquele jogo de palavras teve tanto significado pra mim?
Por que a minha primeira matéria assinada teve o dom de me deixar triste?
Cada letra escrita, cada sílaba pronunciada, cada verso lido.

Hoje, eu queria ser cega e analfabeta.

quarta-feira, 18 de março de 2009

Angústia

Hoje eu vi um cachorro morto na rua. Estava no carro e ele estava caído no canteiro central da avenida. O vento batia no pelo dele e nenhum havia movimento além dos carros passando. Um aperto no coração. Coloquei a mão na boca e falei: “Ele está morto”.
Em segundos aquela imagem sumiu da minha cabeça, o susto também e, de repente, eu me senti mal. Sim, pelo cachorro. Mas não por ele estar morto. Mas por ele ser um cachorro e ter despertado aquela angústia em mim.
Todos os dias eu vejo velhos, crianças e mulheres jogados em canteiros centrais, debaixo de viadutos, em uma esquina qualquer. Eles também estão mortos. Com a esperança morta, a alegria morta e a vida morta. E não despertam metade daquilo que o cachorro despertou em mim.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Beleza exterior

Às vezes tenho a impressão de que ninguém me vê. Isso é diferente de achar que ninguém me olha. Não. Ninguém me vê.
Há algum tempo comecei a achar feio achar as pessoas feias. Cada um tem a sua beleza. Aquele olho amarelo. Os cílios mais curvados. O nariz pequenino. As mãos delicadas. Um sorriso belo. Uma sobrancelha expressiva. Todo mundo tem algo de belo. Podem não se encaixar no conjunto, mas são bonitos.
Estava achando meu cabelo horrível. E ele estava mesmo. Descuidado. E hoje recebi um elogio. Que corte lindo, que cores lindas!
Hoje, alguém me viu. Alguém me olhou. E não foi o conjunto. Foi algo de belo em mim.

domingo, 15 de março de 2009

Um beijo roubado

Como você se lembra de mim?

Como a garota que escolheu frango com legumes no primeiro encontro
ou como a garota com o coração partido?


Adaptado do filme.

quinta-feira, 12 de março de 2009

Sabe quando você quer tanto uma coisa, que já não a quer mais?

Isso me aconteceu quando eu era criança, com nove ou dez anos. Eu morava em um apartamento pequeno e dividia o quarto (como sempre) com as minhas irmãs. Uma mais nova e outra mais velha. O espaço nunca era meu. Nunca tive nada só meu.

O sótão seria o lugar perfeito pra mim. E eu assistia àquele filme, “O garoto que sabia voar”. Ele se fechava em um sótão lindo, cheio de mistérios e aquilo me encantava. Ele tinha uma janela redonda, de vidro que deveria ter uma vista linda.

O fato é que eu nunca teria um sótão. Logo mudamos para outro apartamento – sem sótão, claro. E eu continuei a dividir o quarto.

Já não queria mais o sótão. E guardei esse desejo tão lá no fundo que acabei esquecendo.
Mas, ele sempre esteve guardado.

Ainda está.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Êta mundão



Eu chamo de crueldade. Outras pessoas chamam de coincidência. E ainda existem as que chamam de destino.
Mas eu prefiro continuar a chamar de crueldade.
Por que esse mundo dá voltas em torno do mesmo eixo?

terça-feira, 10 de março de 2009

Foto 3x4

Tem dias em que eu acordo linda. Mesmo. Dias raros no quais eu sairia de casa sem um pingo de maquiagem, sem pentear o cabelo e sem colocar aquela combinação de roupa que me deixa bacana.
Hoje não é um desses dias. Mulheres têm essa vantagem: se acordam feias, dá-lhe bolsa de gelo no rosto para desinchar, aquele corretivo amigão, blush, rímel e dá pra enganar. O cabelo te odeia? Prende, põe grampo, faixa, lenço, chapinha, escova.. Qualquer coisa.
Definitivamente hoje eu acordei feia, não fiz nada para parecer bonita e ainda tirei foto 3x4.

domingo, 8 de março de 2009

Eternal Sunshine of a Spotless Mind

Joel: I really should go.
Clementine: So go.
J: I did. I thought maybe you were a nut. But you were exciting.
C: I wish you'd stay.
J: I wish I'd stay too. Now I wish I'd stayed. I wish I'd done a lot of things. I wish I had... I wish I'd stayed too. I do.
C: I came back down and you were gone.
J: I walked out. I walked out the door.
C: Why?
J: I don't know. I felt like a scared little kid. It was above my head.
C: You were scared?
J: Yeah. I thought you knew that about me. I ran back to the bonfire, trying to out run my humiliation, I think.
C: Was it something I said?
J: Yeah. You said "so go" with such a disdain, you know?
C: I'm sorry.
J: It's ok.
C: Joely. What if you stayed this time?
J: I walked out the door. There's no memory left.
C: Come back and make up a goodbye, at least. Bye, Joel.
J: I love you.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Se lembra?

Quando você apareceu, dividiu comigo a alegria e o humor
Ouviu o meu choro e disse para eu não me abalar, que a vida é assim
Observou cada gesto meu e ria das besteiras que eu fazia
Até bronca me deu, se lembra?

Eu fico me perguntando se você se lembra do que eu me lembro.
Você se lembra?

Eu me lembro do dia que você se foi e levou a minha alegria
Quando eu chorei, você não me ouviu, mas eu aprendi que a vida é assim
Não me viu dormir, não me viu rir com o mesmo humor, não me viu mais
Lembro da bronca que eu iria te dar se tudo voltasse a ser como era antes.

Mas, dessa eu me esqueci.


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Com o oferecimento de: Clube do Nojinho, sociedade nada anônima, de utilidade pública, para contar causos em que o bode não é um simples bode... É UM REBANHO!

quarta-feira, 4 de março de 2009

O que não vivi

Tenho saudades dos jogos que não joguei, do sentimento que não senti, do bolo que não comi
Tenho saudades das viajens que eu não fiz, dos lugares que não estive, das pessoas que não conheci
Tenho saudades das músicas que não cantei, do jeito que não dancei, das festas que não fui

Tenho saudades de tudo que eu não fiz
Tenho saudades de tudo que eu não quis

Tenho saudades de quem não ficou.


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Com o oferecimento de: Clube do Nojinho, sociedade nada anônima, de utilidade pública, para contar causos em que o bode não é um simples bode... É UM REBANHO!

segunda-feira, 2 de março de 2009

Estar feliz: condição temporal

Felicidade não é um estado de espírito. É um estado de momento.

Para alguns são raros, para outros nem tanto. Mas, desconfie de quem lança aos quatro ventos que é feliz. Ser feliz é diferente de ser alegre. Diferente de ser engraçado. Diferente de sorrir o tempo todo. Desconfie.

Qual seria a graça da felicidade se ela finalmente fosse alcançada permanentemente?

Ela é um estado de momento. As pessoas têm momentos felizes e isso não tem nada a ver com a grandiosidade desse momento.

Estar com os amigos pode ser um momento feliz. Estar sozinho também.
Comer um banquete delicioso pode trazer a felicidade momentânea. Simplesmente ter o que comer hoje também é.
Correr por aí e sentir o vento no rosto é uma felicidade inexplicável. Conseguir dar o primeiro passo, também.
Chegar do trabalho super cansado e descalçar os pés é a felicidade daquele momento. Ter um trabalho e um sapato para calçar também.

Poderia ficar uma vida falando de momentos felizes.
Porém, a minha felicidade nesse momento é conseguir enxergar que existe felicidade para uns e outros. Não importa quão grande, quão simples, quão sofrida ela possa ser.

Estar feliz é um estado de momento.

sábado, 28 de fevereiro de 2009

Espertinha, né?

Mais valem dois na mão que nenhum

O máximo da esperteza.

Sempre foi do time que achava que mais valia um na mão que dois voando, até mostrarem que não eram bem assim.


Pra todo mundo funciona a máxima da esperteza. Sempre tentava ser esperta quando tinha a faca e o queijo nas mãos. Só que a faca é sempre cega e o queijo tá passado.

Poderia chegar a algumas possíveis conclusões, mas a que parece mais sensata é jogar os pássaros pro alto e o queijo no lixo.


Quanto a faca... melhor mandar amolar.
Uma hora consegue alcançar a máxima da esperteza.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Momentos de relfexão

A frase do dia ( e olha que ainda não são nem 2 da tarde):

sarita diz:a vida é pequena pra gente prender o rabo assim tão fácil

Tudo bem Sarah, a vida não é pequena. É curta. Mas peguei o esquema.

***

Todo sentimento verdadeiro se vai e deixa lembranças. Eu já consigo me lembrar com carinho, pensar em cada momento bom e sorrir.
É como o pôr-do-sol. Um momento lindo, único. Vai e se acaba. Mas amanhã terá outro, diferente e que deixará a lembrança.
Assim como a chuva de verão. Ela acaba.
Próximo verão tem mais.



You can hide the videos and the pictures, but you'll never blow up my memories. Thanks for them.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Só cinzas

Todo mundo tem sua quarta-feira de cinzas. Pode ser aos domingos, às segundas, até mesmo numa quarta-feira. Tem dia que é todo dia. Pés sujos e só a lembrança de alguma alegria, que você nem se lembra quando foi. Não importam os confetes e serpentinas, há sempre uma quarta-feira de cinzas esperando por você. É por isso que o samba é triste. Pois tire o seu sorriso do caminho que eu quero passar com a minha dor. É no espelho que eu vejo a minha mágoa. A minha dor, e os meus olhos rasos d'água.





Tudo bem que esse texto não é, mas vem de um blog engraçadíssimo: 02 neurônio

domingo, 22 de fevereiro de 2009

É simples

"A simplicidade é o último refúgio das pessoas complicadas"
OSCAR WILDE
Carnaval. Cidade (quase) vazia. (Quase) Nada para fazer. Ninguém para fazer nada.
- Me dá esse momento para ficar sozinha com o mundo?
Definitivamente não sou e uma pessoa complicada. Já disse. Me contento com um dia de sol. Simples assim.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

low profile

Eu sempre imagino como são os bastidores ao assistir um show. Fico pensando como é uma construção de edifícios por dentro. Como funciona um equipamento, como é feita a fiação elétrica do cômodo da casa.
Fico pensando se o pedreiro colocou azulejo por azulejo azul nas paredes da piscina. Em como o vendedor de água de coco conseguiu as frutas. O camelô leva e traz a sacolaria todos os dias?
Me interesso mais pelo funcionamento que pela apresentação em si. E não achei que eu seria assim. Eu sempre me imaginava como o centro das atenções, até o dia que eu percebi que não era. Nunca fui, não seria.
Não que isso seja ruim. Afinal, a moldura fica velha. O funcionamento está em constante manutenção.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Ela não ficou louca

Hoje eu me encontro de frente para o computador e a minha paisagem de fundo é uma parede. A minha única distração é o vão da porta, onde passam as figurinhas mais diferentes, entre entregadores, pessoal do protocolo, produtores, jornalistas, fotógrafos, modelos e outros. Consigo ver um pedaço da porta de vidro que leva ao elevador e ouço trechos de conversas. Essa é a parte mais legal.

Nas minhas costas ficam as janelas. Imensas. Minha válvula de escape. Dou umas olhadas de leve, vejo o sol batendo nos prédios e no rio sujo. Vejo a pista onde os cavalos correm.

E me lembrei hoje, que há alguns anos, numa tarde como essa, de calor e sol, eu teria ficado na piscina, nadando. Mergulharia com os olhos abertos – para loucura da minha mãe. Chegaria em casa com os olhos vermelhos e ardidos, largaria o biquíni molhado no chão do banheiro – para loucura da minha mãe – e passaria o resto do dia fazendo tudo o que eu gostaria de fazer agora: NADA! (Para loucura da minha mãe).

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Ainda bem

Quando alguém se vai, quando alguma coisa se finda, quando a sensação evapora é normal achar que nunca mais acontecerá novamente. E não mesmo. Ainda bem.
Somos formados de experiências, boas, ruins. Somos formados de lembranças, e nenhuma delas será substituída. Nunca. Ainda bem.
Novos alguéns aparecem, velhos alguéns se vão. Tudo recomeça. O ciclo recicla e as sensações chovem sempre. Sempre. Ainda bem.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Que medo que dá (?)

"Medo de se arrepender
Medo de deixar por fazer
Medo de se amargurar pelo que não se fez
Medo de perder a vez
Medo de fugir da raia na hora H
Medo de morrer na praia depois de beber o mar
Medo que dá medo do medo que dá"


Tenho medo de muitas coisas. Até as mais simples.
Mergulhar na piscina. Andar no escuro.
De lugares muito estreitos. De ficar presa. De morrer..
Um zilhão de medos. Inclusive os que estão na música.
Mas eu arrisco e perco o medo. Eu faço e ele se vai.
Não perco a vez, não fujo da raiva (nem um pouco)...
Tenho medo de morrer....

Lenini - Miedo


segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Sim, ela é feia

O dia amanhece feio, meio friozinho e aquela blusa que ela está usando nem é tão feia assim. Beleza, ela só coloca um top ou um sutiã pra deixar tudo no lugar e sai para a vida. Coloca o casaco por cima, afinal, ele é o que importa. Ele sim deve ser bonito. O que vem por baixo não importa, afinal ela só vai para a faculdade e depois ao trabalho. Os dois lugares são um frigorífico.

Eis que o dilema começa. Aquela caminhadinha matinal já tira o sossego e o frio. O calor bate. Chegando na faculdade, um mormaço de matar dá bom dia e o cozimento tem início. Ela não consegue acreditar que está com aquela blusa e aquele sutiã JUNTOS!

Moral da história: a blusa que você está usando É FEIA.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Carrinhos, bolhas e nuvens

Você não chegou a saber de algumas das minhas alegrias mais inocentes. O tempo não deixou.
Mas eu te conto mesmo assim.


Andar de carrinho bate-bate. Infantil, não machuca ninguém e aquele barulhinho estalando no teto, fazendo faíscas me encanta. Até me sinto ridícula por não conseguir fechar a boca e parar de gargalhar enquanto guio o carrinho. BUM! A primeira batida e o primeiro inimigo da pista! E é quando estou quase alcançando o carro dele que acaba o tempo da brincadeira.

***

Bolhas de sabão. Sempre lembro de algum verão que passei no sítio da Tia Ivone em Itatiaia em que a Bisa Vovó Carmen fazia bolhas de sabão no jardim imenso na frente da casa. Eu corria tentanto estourar todas e corria pra abraçá-la. Que saudades eu tenho daqueles cabelos de algodão!

***

Achar desenhos nas nuvens enquanto tomo sol. Sempre acho caras e bocas, bichinhos, um formato estranho que poderia ser qualquer coisa e nuvens mesmo. Até que os olhos ardem e começo a ficar meio cega.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Foi só uma brisa

Estava tomando café com os colegas jornalistas e papo vai, papo vem, começamos a falar de quinquilharias incríveis que são vendidas no PoliShop. E uma das pessoas na mesa falou de uma caneta que tem mil e uma utilidades e eu, espontânea que sou, soltei logo: “Quem usa caneta?”
Monga! Eu uso, tu usas, ele usa. TODO MUNDO USA! Mas eu me fechei no meu mundinho, como bem manda portadores de DDA, e comecei a pensar no fim das canetas Bic. Óbvio. Talvez seja uma coisa que está passando despercebida, mas aposto que ninguém percebeu que as canetas estão sumindo!
Até os garçons não usam mais canetas. Agora eles têm aquelas agendinhas (que eu esqueci o nome, something pad) que anota o pedido do cliente. O cara te xaveca na balada e não anota mais o número no guardanapo (ufa!). A aula da faculdade é dada toda no datashow e esse arquivo vai direto para o e-mail da sala e, posteriormente, impresso. Adiós, canetóns!
E um pouco antes de voltar pro mundo normal, imaginei um mundo sem canetas. Coitados dos cheiradores de cocaína!

Foi só uma brisa.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

No dia seguinte

Eu quis tomar 3 litros de refrigerante junto com um hambúrguer de carne frito, com maionese e pão branco chapado na manteiga. Eu quis torrar no sol sem protetor, eu quis sair na chuva sem capa. Andar descalça na neve, sair sem maquiagem. Dormir com o cabelo molhado, não tomar banho. Quis usar a mesma roupa a semana toda, rasgar todos os meus cadernos. Quis largar a faculdade, chutar o chão. Tomar um pote de sorvete, comer um churrasco.

Não quis correr,
não quis sorrir,
não quis fazer charme pra você.

Não quis ser nada do que eu sou.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Motivação

Perfeccionismo é uma coisa que me acompanha desde criança. Sempre quis ser a melhor no bambolê. Bambolear no pé, na perna, na cintura, pescoço e onde mais desse. Pular o mais alto naquelas brincadeiras de elástico. Sacar no melhor ângulo possível nos treinos de vôlei. Me esconder no esconderijo mais escondido do mundo no esconde-esconde... E eu tentava, tentava e tentava. Saí vitoriosa algumas vezes, me frustrei várias. E esse sempre foi o meu combustível. Aquele sentimento de perda sempre me motivou a buscar o meu melhor e provar para o mundo que eu era capaz. Até que eu cresci, e comecei a mudar os objetivos. Talvez tenha deixado de buscar tanto a perfeição em alguns momentos, mas o sentimento de derrota que isso me trazia era inexplicável. Assim como hoje, que tiraram de mim a chance de mostrar o meu potencial.

Bati de frente com a derrota, mas ela só me alimentou.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Sonhos I

Pela primeira vez eu me senti uma intrusa na sua vida. Eu não teria motivos pra me sentir assim. Motivos reais não, mas o sonho era real. Você finalmente me contou a verdade, que na verdade, eu já sabia. E eu me senti um obstáculo gigante, que atrapalhou tudo. Pareceu que eu tinha invadido sua vida e você nem teve chance de me empurrar para fora. Eu te vi na neve, tão longe. Tão distante. Talvez isso fosse real. Talvez tenha sido essa a realidade o tempo todo.

Nunca pensei que eu fosse me sentir tão fora da sua vida. E então eu acordei. E vi que eu continuava sonhando.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Coisa de cheiro, pele e química

compatibilidade

com.pa.ti.bi.li.da.desf (lat compatibile+dade)

1 Qualidade do que é compatível. 2 Capacidade de se combinarem ou permanecerem juntas (entidades) sem efeitos ulteriores indesejáveis. 3 Tolerância mútua. 4 Bot Faculdade da fertilização cruzada. 5 Possibilidade legal de acumulação de empregos públicos. 6 Inform Capacidade de funcionarem juntos (dois dispositivos de hardware ou software).

COMPATIBILIDADE. É uma "qualidade" que existe (com o perdão da falta de palavras melhores) desde a existência da humanidade e está presente em diversos âmbitos da vida. Pessoas são compatíveis com cargos, situações, remédios, funções, pessoas, etc.

Às vezes, passa tão desapercebida por ser tão natural. Mas confunde também. Ou seria a compatibilidade uma questão complementar? Como os dispositivos de hardware, por exemplo. Inicialmente, eles devem servir para alguma coisa. Um deve precisar do outro em algum momento para realizar uma determinada função. Mas outras partes devem estar em sintonia. Como o encaixe perfeito. É! De que adiantaria um dispositivo ter aquilo que o outro precisa se eles não se moldam?
Porém a questão da complementaridade pode ir além e não funcionar apenas como a solução para o problema do outro. Os dipositivos podem ter o formato perfeito, se encaixarem, mas na hora de funcionarem juntos com o conteúdo, na solução de problemas, eles simplesmente não funcionam.

Compatibilidade é uma propriedade que se distribui em várias áreas e, como diz o Michaelis, é a "capacidade de se combinarem ou permanecerem juntas (entidades) sem efeitos ulteriores indesejáveis".

Talvez só exista com o simples ato de se manterem juntas.

Espero que assim seja. Ou não.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Talento

Poucas pessoas tem o dom de me levar ao êxtase, à felicidade momentânea e me decepcionar tão profundamente, a ponto de querer apagá-la da minha vida. Pouquíssimas.

Às vezes, eu me pergunto se essas pessoas se arrependem, se elas fazem isso por maldade.
Às vezes, eu fico pensando em como tudo estaria se eu não tivesse contado a verdade.

Talvez essas pessoas ainda estivessesm me fazendo feliz.
Talvez a tristeza realmente fosse inevitável.

Eu voltaria no tempo só pra poder escolher qual dessas incertezas eu traria para a minha vida.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Mergulho

Queria voltar a nadar. Mas nadar por nadar. Ter uma raia só para mim e poder entrar lá de madrugada. Ver o frio do lado de fora e sentir a água morna deslizar no corpo. Ouvir meu coração bater e a respiração ofegante. No meu ritmo. Só seria eu comigo e a paz.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Seguindo passos

Sempre tive uma adoração pelo sol. Maravilhosa é a forma como ele atravessa os galhos e as folhas das árvores e faz seus desenhos únicos no chão. Chão pelo qual eu caminho e sinto uma brisa de vento no dia mais quente.

E poderia ser o dia mais frio.
Eu só precisava caminhar.
Sorte a minha que ele estava seguindo os meus passos e alegrou um dia que tinha tudo para não ser.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Te vi ir

Papéis confidenciais na mão. Eu tinha achado.
Ou será que você esqueceu ali de propósito?
Eles entregavam tudo. Eram o seu álibi (para se livrar da culpa de ter a mim por perto).
O meu.
Deveria ter ido embora aquele dia. Mas fiquei até o dia em que te vi ir.
E a culpa não foi minha.


Nunca foi.

Guardado

É isso.



É como se eu precisasse deixar tudo sair de mim em um único assopro. Mas não quero perder o que vem de dentro. Quero me esvaziar e encher outro espaço. Quero perder a forma e formar outro corpo.



Assim como um balão. Fica tudo guardado lá dentro.



Um dia simplesmente esvazia...

... Ou estoura.