sábado, 28 de fevereiro de 2009

Espertinha, né?

Mais valem dois na mão que nenhum

O máximo da esperteza.

Sempre foi do time que achava que mais valia um na mão que dois voando, até mostrarem que não eram bem assim.


Pra todo mundo funciona a máxima da esperteza. Sempre tentava ser esperta quando tinha a faca e o queijo nas mãos. Só que a faca é sempre cega e o queijo tá passado.

Poderia chegar a algumas possíveis conclusões, mas a que parece mais sensata é jogar os pássaros pro alto e o queijo no lixo.


Quanto a faca... melhor mandar amolar.
Uma hora consegue alcançar a máxima da esperteza.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Momentos de relfexão

A frase do dia ( e olha que ainda não são nem 2 da tarde):

sarita diz:a vida é pequena pra gente prender o rabo assim tão fácil

Tudo bem Sarah, a vida não é pequena. É curta. Mas peguei o esquema.

***

Todo sentimento verdadeiro se vai e deixa lembranças. Eu já consigo me lembrar com carinho, pensar em cada momento bom e sorrir.
É como o pôr-do-sol. Um momento lindo, único. Vai e se acaba. Mas amanhã terá outro, diferente e que deixará a lembrança.
Assim como a chuva de verão. Ela acaba.
Próximo verão tem mais.



You can hide the videos and the pictures, but you'll never blow up my memories. Thanks for them.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Só cinzas

Todo mundo tem sua quarta-feira de cinzas. Pode ser aos domingos, às segundas, até mesmo numa quarta-feira. Tem dia que é todo dia. Pés sujos e só a lembrança de alguma alegria, que você nem se lembra quando foi. Não importam os confetes e serpentinas, há sempre uma quarta-feira de cinzas esperando por você. É por isso que o samba é triste. Pois tire o seu sorriso do caminho que eu quero passar com a minha dor. É no espelho que eu vejo a minha mágoa. A minha dor, e os meus olhos rasos d'água.





Tudo bem que esse texto não é, mas vem de um blog engraçadíssimo: 02 neurônio

domingo, 22 de fevereiro de 2009

É simples

"A simplicidade é o último refúgio das pessoas complicadas"
OSCAR WILDE
Carnaval. Cidade (quase) vazia. (Quase) Nada para fazer. Ninguém para fazer nada.
- Me dá esse momento para ficar sozinha com o mundo?
Definitivamente não sou e uma pessoa complicada. Já disse. Me contento com um dia de sol. Simples assim.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

low profile

Eu sempre imagino como são os bastidores ao assistir um show. Fico pensando como é uma construção de edifícios por dentro. Como funciona um equipamento, como é feita a fiação elétrica do cômodo da casa.
Fico pensando se o pedreiro colocou azulejo por azulejo azul nas paredes da piscina. Em como o vendedor de água de coco conseguiu as frutas. O camelô leva e traz a sacolaria todos os dias?
Me interesso mais pelo funcionamento que pela apresentação em si. E não achei que eu seria assim. Eu sempre me imaginava como o centro das atenções, até o dia que eu percebi que não era. Nunca fui, não seria.
Não que isso seja ruim. Afinal, a moldura fica velha. O funcionamento está em constante manutenção.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Ela não ficou louca

Hoje eu me encontro de frente para o computador e a minha paisagem de fundo é uma parede. A minha única distração é o vão da porta, onde passam as figurinhas mais diferentes, entre entregadores, pessoal do protocolo, produtores, jornalistas, fotógrafos, modelos e outros. Consigo ver um pedaço da porta de vidro que leva ao elevador e ouço trechos de conversas. Essa é a parte mais legal.

Nas minhas costas ficam as janelas. Imensas. Minha válvula de escape. Dou umas olhadas de leve, vejo o sol batendo nos prédios e no rio sujo. Vejo a pista onde os cavalos correm.

E me lembrei hoje, que há alguns anos, numa tarde como essa, de calor e sol, eu teria ficado na piscina, nadando. Mergulharia com os olhos abertos – para loucura da minha mãe. Chegaria em casa com os olhos vermelhos e ardidos, largaria o biquíni molhado no chão do banheiro – para loucura da minha mãe – e passaria o resto do dia fazendo tudo o que eu gostaria de fazer agora: NADA! (Para loucura da minha mãe).

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Ainda bem

Quando alguém se vai, quando alguma coisa se finda, quando a sensação evapora é normal achar que nunca mais acontecerá novamente. E não mesmo. Ainda bem.
Somos formados de experiências, boas, ruins. Somos formados de lembranças, e nenhuma delas será substituída. Nunca. Ainda bem.
Novos alguéns aparecem, velhos alguéns se vão. Tudo recomeça. O ciclo recicla e as sensações chovem sempre. Sempre. Ainda bem.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Que medo que dá (?)

"Medo de se arrepender
Medo de deixar por fazer
Medo de se amargurar pelo que não se fez
Medo de perder a vez
Medo de fugir da raia na hora H
Medo de morrer na praia depois de beber o mar
Medo que dá medo do medo que dá"


Tenho medo de muitas coisas. Até as mais simples.
Mergulhar na piscina. Andar no escuro.
De lugares muito estreitos. De ficar presa. De morrer..
Um zilhão de medos. Inclusive os que estão na música.
Mas eu arrisco e perco o medo. Eu faço e ele se vai.
Não perco a vez, não fujo da raiva (nem um pouco)...
Tenho medo de morrer....

Lenini - Miedo


segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Sim, ela é feia

O dia amanhece feio, meio friozinho e aquela blusa que ela está usando nem é tão feia assim. Beleza, ela só coloca um top ou um sutiã pra deixar tudo no lugar e sai para a vida. Coloca o casaco por cima, afinal, ele é o que importa. Ele sim deve ser bonito. O que vem por baixo não importa, afinal ela só vai para a faculdade e depois ao trabalho. Os dois lugares são um frigorífico.

Eis que o dilema começa. Aquela caminhadinha matinal já tira o sossego e o frio. O calor bate. Chegando na faculdade, um mormaço de matar dá bom dia e o cozimento tem início. Ela não consegue acreditar que está com aquela blusa e aquele sutiã JUNTOS!

Moral da história: a blusa que você está usando É FEIA.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Carrinhos, bolhas e nuvens

Você não chegou a saber de algumas das minhas alegrias mais inocentes. O tempo não deixou.
Mas eu te conto mesmo assim.


Andar de carrinho bate-bate. Infantil, não machuca ninguém e aquele barulhinho estalando no teto, fazendo faíscas me encanta. Até me sinto ridícula por não conseguir fechar a boca e parar de gargalhar enquanto guio o carrinho. BUM! A primeira batida e o primeiro inimigo da pista! E é quando estou quase alcançando o carro dele que acaba o tempo da brincadeira.

***

Bolhas de sabão. Sempre lembro de algum verão que passei no sítio da Tia Ivone em Itatiaia em que a Bisa Vovó Carmen fazia bolhas de sabão no jardim imenso na frente da casa. Eu corria tentanto estourar todas e corria pra abraçá-la. Que saudades eu tenho daqueles cabelos de algodão!

***

Achar desenhos nas nuvens enquanto tomo sol. Sempre acho caras e bocas, bichinhos, um formato estranho que poderia ser qualquer coisa e nuvens mesmo. Até que os olhos ardem e começo a ficar meio cega.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Foi só uma brisa

Estava tomando café com os colegas jornalistas e papo vai, papo vem, começamos a falar de quinquilharias incríveis que são vendidas no PoliShop. E uma das pessoas na mesa falou de uma caneta que tem mil e uma utilidades e eu, espontânea que sou, soltei logo: “Quem usa caneta?”
Monga! Eu uso, tu usas, ele usa. TODO MUNDO USA! Mas eu me fechei no meu mundinho, como bem manda portadores de DDA, e comecei a pensar no fim das canetas Bic. Óbvio. Talvez seja uma coisa que está passando despercebida, mas aposto que ninguém percebeu que as canetas estão sumindo!
Até os garçons não usam mais canetas. Agora eles têm aquelas agendinhas (que eu esqueci o nome, something pad) que anota o pedido do cliente. O cara te xaveca na balada e não anota mais o número no guardanapo (ufa!). A aula da faculdade é dada toda no datashow e esse arquivo vai direto para o e-mail da sala e, posteriormente, impresso. Adiós, canetóns!
E um pouco antes de voltar pro mundo normal, imaginei um mundo sem canetas. Coitados dos cheiradores de cocaína!

Foi só uma brisa.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

No dia seguinte

Eu quis tomar 3 litros de refrigerante junto com um hambúrguer de carne frito, com maionese e pão branco chapado na manteiga. Eu quis torrar no sol sem protetor, eu quis sair na chuva sem capa. Andar descalça na neve, sair sem maquiagem. Dormir com o cabelo molhado, não tomar banho. Quis usar a mesma roupa a semana toda, rasgar todos os meus cadernos. Quis largar a faculdade, chutar o chão. Tomar um pote de sorvete, comer um churrasco.

Não quis correr,
não quis sorrir,
não quis fazer charme pra você.

Não quis ser nada do que eu sou.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Motivação

Perfeccionismo é uma coisa que me acompanha desde criança. Sempre quis ser a melhor no bambolê. Bambolear no pé, na perna, na cintura, pescoço e onde mais desse. Pular o mais alto naquelas brincadeiras de elástico. Sacar no melhor ângulo possível nos treinos de vôlei. Me esconder no esconderijo mais escondido do mundo no esconde-esconde... E eu tentava, tentava e tentava. Saí vitoriosa algumas vezes, me frustrei várias. E esse sempre foi o meu combustível. Aquele sentimento de perda sempre me motivou a buscar o meu melhor e provar para o mundo que eu era capaz. Até que eu cresci, e comecei a mudar os objetivos. Talvez tenha deixado de buscar tanto a perfeição em alguns momentos, mas o sentimento de derrota que isso me trazia era inexplicável. Assim como hoje, que tiraram de mim a chance de mostrar o meu potencial.

Bati de frente com a derrota, mas ela só me alimentou.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Sonhos I

Pela primeira vez eu me senti uma intrusa na sua vida. Eu não teria motivos pra me sentir assim. Motivos reais não, mas o sonho era real. Você finalmente me contou a verdade, que na verdade, eu já sabia. E eu me senti um obstáculo gigante, que atrapalhou tudo. Pareceu que eu tinha invadido sua vida e você nem teve chance de me empurrar para fora. Eu te vi na neve, tão longe. Tão distante. Talvez isso fosse real. Talvez tenha sido essa a realidade o tempo todo.

Nunca pensei que eu fosse me sentir tão fora da sua vida. E então eu acordei. E vi que eu continuava sonhando.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Coisa de cheiro, pele e química

compatibilidade

com.pa.ti.bi.li.da.desf (lat compatibile+dade)

1 Qualidade do que é compatível. 2 Capacidade de se combinarem ou permanecerem juntas (entidades) sem efeitos ulteriores indesejáveis. 3 Tolerância mútua. 4 Bot Faculdade da fertilização cruzada. 5 Possibilidade legal de acumulação de empregos públicos. 6 Inform Capacidade de funcionarem juntos (dois dispositivos de hardware ou software).

COMPATIBILIDADE. É uma "qualidade" que existe (com o perdão da falta de palavras melhores) desde a existência da humanidade e está presente em diversos âmbitos da vida. Pessoas são compatíveis com cargos, situações, remédios, funções, pessoas, etc.

Às vezes, passa tão desapercebida por ser tão natural. Mas confunde também. Ou seria a compatibilidade uma questão complementar? Como os dispositivos de hardware, por exemplo. Inicialmente, eles devem servir para alguma coisa. Um deve precisar do outro em algum momento para realizar uma determinada função. Mas outras partes devem estar em sintonia. Como o encaixe perfeito. É! De que adiantaria um dispositivo ter aquilo que o outro precisa se eles não se moldam?
Porém a questão da complementaridade pode ir além e não funcionar apenas como a solução para o problema do outro. Os dipositivos podem ter o formato perfeito, se encaixarem, mas na hora de funcionarem juntos com o conteúdo, na solução de problemas, eles simplesmente não funcionam.

Compatibilidade é uma propriedade que se distribui em várias áreas e, como diz o Michaelis, é a "capacidade de se combinarem ou permanecerem juntas (entidades) sem efeitos ulteriores indesejáveis".

Talvez só exista com o simples ato de se manterem juntas.

Espero que assim seja. Ou não.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Talento

Poucas pessoas tem o dom de me levar ao êxtase, à felicidade momentânea e me decepcionar tão profundamente, a ponto de querer apagá-la da minha vida. Pouquíssimas.

Às vezes, eu me pergunto se essas pessoas se arrependem, se elas fazem isso por maldade.
Às vezes, eu fico pensando em como tudo estaria se eu não tivesse contado a verdade.

Talvez essas pessoas ainda estivessesm me fazendo feliz.
Talvez a tristeza realmente fosse inevitável.

Eu voltaria no tempo só pra poder escolher qual dessas incertezas eu traria para a minha vida.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Mergulho

Queria voltar a nadar. Mas nadar por nadar. Ter uma raia só para mim e poder entrar lá de madrugada. Ver o frio do lado de fora e sentir a água morna deslizar no corpo. Ouvir meu coração bater e a respiração ofegante. No meu ritmo. Só seria eu comigo e a paz.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Seguindo passos

Sempre tive uma adoração pelo sol. Maravilhosa é a forma como ele atravessa os galhos e as folhas das árvores e faz seus desenhos únicos no chão. Chão pelo qual eu caminho e sinto uma brisa de vento no dia mais quente.

E poderia ser o dia mais frio.
Eu só precisava caminhar.
Sorte a minha que ele estava seguindo os meus passos e alegrou um dia que tinha tudo para não ser.