Isso me aconteceu quando eu era criança, com nove ou dez anos. Eu morava em um apartamento pequeno e dividia o quarto (como sempre) com as minhas irmãs. Uma mais nova e outra mais velha. O espaço nunca era meu. Nunca tive nada só meu.
O sótão seria o lugar perfeito pra mim. E eu assistia àquele filme, “O garoto que sabia voar”. Ele se fechava em um sótão lindo, cheio de mistérios e aquilo me encantava. Ele tinha uma janela redonda, de vidro que deveria ter uma vista linda.
O fato é que eu nunca teria um sótão. Logo mudamos para outro apartamento – sem sótão, claro. E eu continuei a dividir o quarto.
Já não queria mais o sótão. E guardei esse desejo tão lá no fundo que acabei esquecendo.
Mas, ele sempre esteve guardado.
Ainda está.
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3 comentários:
E o seu blog is getting more exciting each day!
PS: o brilho eterno de uma mente sem lembranças me deu um aperto... Foda.
sótãooo =(((((((((
Tantos planos para ele.
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